O equilibrista americano Nik Wallenda (33), finalizou com sucesso na noite de sexta-feira (15) sua histórica travessia nas Cataratas do Niágara entre os Estados Unidos e o Canadá, caminhando sobre um cabo de aço de cinco centímetros de diâmetro. Algo parecido tinha acontecido há 100 anos. Wallenda andou 550 metros na corda bamba em cerca de 30 minutos, a uma altura de 60 metros sobre o precipício das cascatas. Algumas vezes ele não via o cabo encharcado por onde andava e chegou a sentir-se fraco na travessia. Ele faz parte de uma família de circo de sete gerações e se preparou desde os quatro anos para aquela noite memorável.
Três pessoas já morreram na família de Nik Wallenda no exercício do equilibrismo, mas isso não gerou traumas em Nik porque ele decidiu viver perigosamente. Isso é uma lição para o povo de igreja que é cheio de melindres. Wallenda tem certeza da possibilidade de acidentes, enquanto os crentes vivem na igreja apenas buscando abrigo e não admitem doenças, acidentes e tribulações como parte normal da vida.
O bisavô de Nik morreu numa travessia entre dois prédios porque os equipamentos não foram bem preparados, mas a família não desistiu da vida circense nem responsabilizou terceiros pelo estilo de vida da família. A tragédia não lhes fez desistir. Ninguém amadurece nem vive plenamente responsabilizando os outros pelos acidentes ou desafios da vida. Cada um de nós precisa assumir-se. Em uma das entrevistas, Nik disse: “Amo o que faço”. Ele disse ser movido pela persistência.
Durante a travessia Wallenda era orientado por seu pai que a certa altura lhe disse: “Mude o ritmo dos passos”. No meio do trajeto Nik disse: “Oh meu Deus! Eu sou tão abençoado por estar neste lugar”. Há poucos metros do final ele se ajoelhou sobre a corda, e ao pisar em terra firme ouviu da oficial canadense: “Motivo da visita?” Ele respondeu: “Inspirar pessoas”.
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